Bombas e fogos de artifício teriam sido arremessados para dentro de clube

Em boletim de ocorrência registrado nessa quarta-feira e obtido pelo Superesportes, uma professora do clube social do Cruzeiro relatou pânico de crianças durante protesto da Máfia Azul na noite da última terça, em frente ao Parque Esportivo do clube, no Barro Preto, em Belo Horizonte.
“Integrantes desta torcida arremessaram bombas e fogos de artifício para o interior do clube, causando grande tumulto e correria, deixando crianças e adolescentes apavorados”, diz um trecho do boletim, em referência a alunos que faziam aulas de esportes no ginásio.
De acordo com as informações relatadas pelas testemunhas à Polícia Militar, 280 pessoas, entre associados, alunos – de 7 a 16 anos – e pais estavam dentro do clube social no momento das manifestações.
“Os frequentadores, atordoados pelos fogos e bombas, foram perseguidos por membros da torcida Máfia Azul após deixarem as dependências do clube, saindo ilesos por conta da intervenção policial”, explica outra testemunha, segurança particular do Cruzeiro. Diretores do clube também serviram como testemunhas.
Em função das manifestações, o Cruzeiro determinou o fechamento do clube na noite de terça-feira. O episódio chegou a gerar uma confusão com conselheiros, que acabaram impedidos de entrar no local, mesmo com suas carteiras de associados.
Esse foi mais um protesto da Máfia Azul. Principal organizada do Cruzeiro, a torcida também realizou manifestações na porta da Sede Administrativa, no prédio do vice-presidente de futebol, Itair Machado, e na Toca da Raposa II.
Os torcedores do Cruzeiro não se conformam com as crises administrativa e técnica vivida pelo clube. Fora de campo, membros da diretoria são investigados pela Polícia Civil por suspeitas de falsidade ideológica, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
Já dentro das quatro linhas, o Cruzeiro vive situação complicada. Eliminado da Copa Libertadores e da Copa do Brasil, o time comandado por Rogério Ceni está na 16ª posição do Campeonato Brasileiro, com 18 pontos – apenas três a mais do que o Fluminense, primeiro time da zona de rebaixamento.
Da redação:superesportes